sábado, 31 de março de 2018

SHANGHAI

SHANGHAI - XANGAI

AVIAO:         Fpolis - SP: R$ 311,00
                     SP - Shanghai: R$ 1.600,00
HOTEIS:      Mingtown Nanjing Road Youth Hostel R$ 102,00 (3 noites)
LATE TRANSFER (madrugada): Orange Transfers (https://orange-transfer.com/) R$ 43,00
Ps: valores por pessoa

Dia 1

Chegamos em Shanghai por volta da 01:00 da noite.
Na esteira, as malas demoraram muito pra aparecer, o que deixou todo mundo apreensivo.
Quando de repente, lá de longe, veio a mala Rosa Pink da Dani. Do lado, veio a da Isa e, em seguida, a minha. Mas as malas da Rê e a do Arthur nunca chegaram.
No guichê de reclamações referentes às bagagens (bagagge claim), bastou mostrar o comprovante/ticket do despacho das malas para, rapidamente, verificarem no sistema que elas ficaram em Tijuana e que chegariam no próximo voo, 2 dias depois. Só nos restou ficar na torcida para que chegassem a tempo, antes da partida ao próximo destino.
Na saída encontramos com o motorista que estava segurando uma plaquinha com o nome do Arthur, ele não falava nem Oi em inglês! Através de mímicas pedi o telefone emprestado para ligar para o Matheus, que já estava na China e ia nos encontrar ali. Após diversas tentativas, ele atendeu e avisou que não iria chegar a tempo porque o voo dele atrasou e só voaria no dia seguinte.
Chegamos no hotel perto das 4 da madrugada, e logo percebemos que o atendente também não falava uma palavra de inglês. Nos entregou a chave do quarto, porém a porta não abria de jeito nenhum. Passamos para o imagem e ação para reclamar e ele subiu para abrir pra gente. Dormimos sem lençol, sem toalhas para um banho, programadas para acordar às 10.  Maaas, às 8 já estávamos todos de pé, sem sono por conta do jet lag.
No aeroporto já deu para ter uma idéia de como são os chineses, arrotos na cara da Rê, brigas entre casais no meio de todos (Justin Bieber chinês) e poucos falando inglês (quando falavam era bem mal).





Dia 2

O hostel é uma gracinha, com muitos quartos, uma pequena cozinha (não dá para cozinhar muita coisa, no máximo água pra um Cup Noodles), um bar no meio e um banheiro bom.
Acordamos às 8, morrendo de sede, fervemos água para tomar (esfriamos no frio da rua) e aproveitamos um chá/café que tinha na cozinha.
Saímos para trocar dinheiro perto das 11 da manhã, e depois de vários bancos, filas e alguns barracos (chineses reclamando da demora no atendimento e outra mulher que chegou berrando com o atendente), descobrimos que o Banco da China é um dos únicos bancos  que não precisa ter conta ou outro vínculo para trocar dólares.
Tem vários Bancos da China pela cidade, mas a gente foi em um que tinha menos movimento que os demais, fica em um prédio na rua Nanjing perto de um hotel, no oitavo andar. Muito estranho ver um banco atendendo no alto de um edifício.
Trocamos sem taxas e sem problemas. Lembre-se de levar o passaporte e endereço do hotel completo com CEP e número de telefone.






Saímos de lá e procuramos algo para comer. Entramos no Ciros Plaza, fica na rua Nanjing também. No andar de baixo tem uma praça de alimentação com alguns restaurantes, escolhemos um que tinha lugar para sentar e estava uma delícia!! Comida maravilhosa por um preço acessível.  Pedi o Japanese steak, uma carne um pouco estranha, mas muito gostoso. O Arthur pediu o frango teriyaki, veio menos mas estava delicioso também. Cada um custou 52 yuans (26 reais) já com os acompanhamentos de salada, frutas, "mousse de ovo", misoshiru.




Na saída do shopping já encontramos o Matheus que tinha acabado de chegar e juntos fomos procurar onde comprar o SIM card para poder usar a internet.
Ainda na mesma rua, entramos na loja da China Mobile. Contratamos o plano de internet de 5 Gb por 100 yuans (50 reais). O valor mínimo é de 100 yuans. Demorou horrores para eles conseguirem finalizar a compra. A Dani preferiu não comprar porque a banda de rede 4G deles era incompatível com o celular dela.
Dali decidimos ir até o Yu Yuan Garden e passamos por dentro da People’s Square Garden para pegar o metro.
A máquina que vende os tickets é simples de usar e tem menus em inglês.
Você escolhe qual a estação quer ir e ele te mostra o valor. Da People’s Square Garden até Yu Yuan ficou 3 yuans por pessoa. Metrôs fáceis de entender, limpos e sem tumulto.




Caminhamos até ver uns labirintos de lojinhas com mapas que mostravam que lá no meio daquele labirinto era o jardim.
Na entrada vi uma placa de venda de SIM card e lembrei da Dani, chamei ela e perguntei à atendente como era e principalmente quanto era. Ela especificamente falou que era 16 yuans por 10 gb! Muito barato !! Cara de golpe!
Perguntei mais duas vezes e confirmou que era aquele valor mesmo, ok. Pressa, pega logo o chip e vamos! Não! Era pegadinha, claro! Depois de ela já ter pegado o passaporte da Dani e ativado o chip ficou falando que era 480 yuans! Hahahaha eu ri e comecei o bater boca como se fosse uma chinesa, falei pra Dani tirar o chip e devolver, quando a Dani tirou falaram que receberiam por 150 yuans. 
Falei que pagaríamos no máximo 100 e que era o que todo mundo tinha pagado. Ela ficou indignada mas atendeu e saiu nos xingando e a gente xingando ela. Sim, quase caí no truque do SIM card. Mas deu tudo certo no fim. hehehe




Seguimos as placas (confusas) mas chegamos a uma ponte em zigue-zague lotada. No fim dela, estava a bilheteria para entrar no jardim. Pagamos 30 yuans (15 reais) e entramos.
É um lugar lindo e antigo com muita história. As casas pareciam cenário de filme chinês. Telhados sempre muito bem adornados, com detalhes que não passam despercebidos.
Jardins chineses de tirar o fôlego.








De lá, seguimos para The Bund com um frio de rachar os lábios!
Caminhamos pela orla de The Bund desde o entardecer até a escuridão da noite, vendo o lindo visual das luzes dos prédios refletindo nas águas do Rio Huangpu.





* Foto de Matheus Huebl

* Foto de Matheus Huebl

Voltamos caminhando pelo calçadão da rua Nanjing que mais parecia a Times Square de NY. Cheia de luzes e sons vibrantes, com lojas maravilhosas.




Ali perto, em uma das ruas transversais, tinha alguns restaurantes chineses baratos.
Paramos em um deles para comer. Não, a comida não era boa, mas o preço era convidativo. Pedimos um pato estilo de Shanghai por 32 yuans (16 reais) e 1 porção de dumplings por 15 yuans (7 reais).




Depois voltamos para o hostel e na volta compramos o café da manhã e água, em um mini mercado ao lado do hostel.
No hostel compramos garrafas de Tsingtao 600ml por 6 yuans (3 reais) e ficamos bebendo no bar do hotel. As cervejas de massa na China são muito fracas. No geral, todas são aguadas e com baixo teor alcoólico, perto de 3%...



Dia 3

Depois de tomar o café da manhã no hotel, saímos caminhando pela rua Nanjing West até o Jing’an Temple. No caminho vimos feiras de ruas deliciosas, lojinhas super legais e um 7-Eleven. Esse mercadinho é sempre ótimo, tem várias coisinhas boas.
Compramos pãezinhos chineses recheados por 2,50 yuans (1,25 real) e café por 12 yuans (6 reais). O café na China não é barato.. Não encontramos nenhum por menos que essa média. Além de alguns mais caros muito ruins. 







Continuamos e em pouco tempo já estávamos no Jing’an Temple. Pagamos 50 yuans (25 reais) para entrar.
Logo na entrada tem um tonel com carvão pegando fogo. Ao lado, há incensos que você pode pegar, em troca de algumas moedas, para fazer preces e "limpar a alma".
Os budistas fazem muitas orações apontando os incensos para o céu e quando finalizam os colocam em um queimador de incenso.
No centro do pátio interno principal há um enorme vaso com alguns buracos no alto, com vários chineses fazendo pedidos e jogando moedas tentando acertar lá dentro.
Nas salas laterais há monumentos de alguns deuses budistas. Subindo as escadas principais, há um enorme Buddha dourado. Lá, vimos vários chineses ajoelhados ao redor fazendo preces levando a cabeça ao chão. É muito bonito ver a fé deles e todo o ritual envolvido.
Caminhamos e conhecemos todo o templo tirando diversas fotos.












Saindo dali, caminhamos pela lateral do templo e na rua detrás fomos almoçar no Burguer King.
Depois do almoço pegamos o metro até a People's Square. Lá, vimos diversas sombrinhas no chão abertas. Nelas, havia folhas de papel ou cartazes grudados escritos com as características e currículo de meninas e rapazes. 
Aí, a Dani lembrou que leu na internet sobre isso, que os pais levam a descrição dos filhos para "negociar" eles com outros pais e, assim, arranjar casamentos.
Eram diversas sombrinhas!! Interessante ver que uma tradição antiga, e totalmente diferente da nossa, ainda sobrevive.






Seguimos até o museu de Shanghai, que tinha uma fila enorme mas andando rápido. Levamos 45 minutos na fila para entrar no museu, que é gratuito.
Achei um pouco monótono o estilo do museu, mas tem algumas coisas interessantes.




Saímos para passar em um mercado e ir para o hotel.
O Matheus havia marcado um encontro com um amigo no maior Starbucks do mundo, que era ali perto. Decidimos conhecer.
Para entrar, tinha uma pequena fila. Até que foi rápido, mas havia uma multidão de pessoas lá dentro e tudo era caríssimo!
Não tinha lugar para sentar porque estava tudo cheio e era uma guerra para conseguir uma cadeira.
O café mais barato era um pequeno expresso por 38 yuans ( 19 reais). Um cappuccino era 52 yuans (26 reais), muito caro! O pior é que a Dani comprou um, mas, quando viu que liberou uma cadeira, se virou e o café foi todo pro chão!! Pecado!!





Logo saímos para o mercado e hotel.
Em um mercadinho, compramos água e um americano morador puxou conversa e ficou explicando algumas comidas que tinham ali no mercado.
Continuamos e na rua vimos um bar com happy hour, estávamos na dúvida se entrávamos quando o americano do mercado parou ali na entrada e disse que era um ótimo lugar para beber.
Entramos com a intenção de beber só uma ou duas. Mas o chopp estava em dobro e valia mais a pena pegar a torre de 3 litros que viraram 6 litros (150 yuans ou 75 reais) para todos.
O bar era super legal, tinha mesa de sinuca, dardos e várias TVs em canais de esportes. Estava rolando a abertura das Olimpíadas de inverno na Coreia do Sul. Ficamos ali bebendo, conversando e até pedimos mais chopp quando a torre acabou.



Nesse meio tempo, o Matheus, que tinha saído com uns amigos, mandou mensagem dizendo que estava lá no outro lado do rio vendo os prédios do setor financeiro que são enormes.
Como o frio já tinha passado por causa da cerveja, pegamos o metrô e fomos ao encontro dele.
Ficamos dançando no meio metrô para entrar no clima de carnaval do Brasil. Foi muito divertido!
As luzes dos prédios são lindas e eles enormes! Quando finalmente encontramos o Matheus voltamos para hotel para dormir.



Dia 4

Ressaca de leve. Havíamos nos programado novamente para acordar às 8, mas às 7 já estava todo mundo acordado, sem sono.
Arrumamos as malas, fizemos o checkout e deixamos tudo na recepção. Às 9 estávamos a caminho do metrô para o centro financeiro do outro lado do rio.
No caminho paramos em um McDonalds para o café da manhã. O sanduíche de pão com ovo e queijo mais o café custou apenas 10 yuans (5 reais), bom e barato!
No centro financeiro é onde ficam os prédios famosos de Shanghai, alguns dos mais altos do mundo.
Dá até dor no pescoço de tanto olhar pra cima, eles são realmente enormes!







Fomos conhecer a Shanghai Tower, que é o 2° maior arranha-céu do mundo. Perde somente para o Burj Khalifa, por menos de 200 metros.
Para subir no deck de observação no 118° andar, tem que pagar o valor de 180 yuans (90 reais). Caro mas vale a pena. Ainda há a opção de subir mais alto, no mais alto deck de observação do mundo (mais alto ainda que o do Burj Khalifa), porém o preço é o dobro do regular.
No hall de entrada tem uma breve exposição sobre o prédio e os arranha-céus ao redor do mundo.
O elevador sobe a aproximadamente 70 km/h e chega a entupir os ouvidos.
Lá de cima, a vista é maravilhosa. Pode-se ver a cidade inteira, os rios, praças, prédios e Torres.
Muito gostoso ver o ritmo da cidade lá de cima.









Na descida fomos até a parte subterrânea, em que há um acesso direto ao metrô. Nessas passagens há diversas lojas e opções de comida. Logo na saída vimos uma praça de alimentação com vários restaurantes.
Paramos em um deles e pedimos um prato com 4 tipos de carne (bacon, carne, pato e ganso, acho!) arroz e saladinhas gostosas por 48 yuans (24 reais) e ficamos satisfeitos dividindo, eu e o Arthur.





Pegamos o metro novamente para o hostel e na estação do metrô compramos um bolinho de arroz glutinoso preto com um ovo e bacon frito no recheio para levar e comer no trem por 6 yuans (3 reais e delicioso!).
Na barraquinha de comida do lado do hotel compramos ainda um hambúrguer de frango para comer no trem por 10 yuans (5 reais).






Pegamos nossas malas no hotel. E depois o metro, que tem linha direta até a estação de trem Hongqiao por 5 yuans (2,5 reais).
A estação é enorme! E tem diversos guichês para retirar os bilhetes, do lado de dentro e de fora da checagem de bagagem.
Lá fora da checagem estava super tranquilo para retirar os tickets e com o número de reserva e passaporte foi muito fácil.






Andamos por todo o terminal até a hora de embarque no meio das formigas, tinha muuuuita gente na estação e todos andando apressados.
Às 15:40 abriram o nosso portão de embarque e, precisamente, às 16:10 o trem bala partiu para Xi'an a cerca de 305 km/h.
Vagões e banheiros limpos, poltrona espaçosa e reclinável, água quente para o Cup Noodles (comem muuuito isso aqui!) e vendedores passando com comidas o tempo inteiro.
Viagem tranquila e confortável de menos de 7 horas.